terça-feira, 30 de abril de 2013

Depois de feitos cerca de 20 inquéritos, numa maioria de inquiridos do sexo masculino, chegámos a algumas conclusões...

O nível etário dos inquiridos predominante situa-se entre os 41 e os 65 anos.

Muitas das pessoas que entrevistámos não vivem em Cacilhas. 

A maior parte das pessoas que inquirimos em Cacilhas, são estudantes pelo que se pode observar no seguinte gráfico:
Verificámos também que a opinião das pessoas relativamente as condições de Cacilhas eram boas, mesmo com algumas pessoas insatisfeitas...


 No entanto, algumas pessoas não se sentem seguras em Cacilhas. Especialmente de noite, o que indica uma má frequentação deste espaço.
Muitas das pessoas preferem também deslocar-se através dos transportes públicos, entre os quais (segundo o nosso estudo) o mais usado é o Metro.
Aprofundando um pouco este tema, tentámos também saber qual é a opinião das pessoas em relação à inovação do Metro Transportes do Sul e, por parte de alguns inquiridos, a resposta não foi a mais satisfatória... Muitas das pessoas afirmaram que o Metro consegue dar mais prejuízo do que lucro, pois não tem um número suficiente de pessoas a usá-lo frequentemente.

Há alguns projetos pendentes para a Lisnave, cujo objetivo (no geral) é trazer de volta o turismo para esta zona transformando-a, numa zona turística e de comércio. Nos inquéritos, perguntámos as pessoas se concordavam com essa ideia e obtivemos os seguintes resultados:
E, quase todas as pessoas concordaram que o motivo pelo qual estes projetos ainda não foram postos em prática é a crise.
Outra opinião recolhida nestes inquéritos é que o desaparecimento do comércio e o encerramento das lojas também foram alvo da crise.

Por este gráfico podemos também concluir que, pelos inquiridos, desenvolver o turismo no Ginjal é uma hipótese a considerar...


Cacilhas e o terramoto

Cacilhas e o terramoto de 1755

Pelas nove horas da manhã aconteceu um terramoto e as águas comecaram a inundar as ruas, os pescadores muito preocupados correram a Capela de Nossa Senhora de Bom Sucesso agarraram a Santinha e levaram a imagem para junto das águas revoltas. Estas começaram a baixar e assim se diz que se deu um milagre.
A partir dessa data todos os anos se faz uma prossição em honra da Nossa Senhora do Bom Sucesso como agradecimento.

Origem do nome Cacilhas

Segundo a lenda a origem do nome Cacilhas vem da expressão " rapaz dá cá cilhas" que os burriqueiros costumavam dizer aos seus ajudantes quando as pessoas desembarcavam vindas de Lisboa para dar um passeio de burro por Almada.

Cacilhas passado presente e futuro

Após passar por um período de declínio e obras a vida da freguesia estar a recuperar lentamente fizeram se obras no Chafariz; fechou-se a rua ao trânsito e as esplanadas e os fogareiros tomaram lugar; hoje este local está a ser redescoberto pelos Almadenses como local de lazer e tem vindo a crescer o número de turistas, os cacilheiro e o novo terminal fervilham de gente diariamente pois são um importante meio de transporte entre Almada e Lisboa para os que se deslocam parar ir trabalhar à capital.
Da Lisnave pouco resta exceto o monumental guindaste com o nome da empresa e as docas.
No caso do ginjal, quem o olha, não imagina que este espaço já fervilhou de vida de gentes, de industria de emprego e de historias; ninguém diz que ali existi a fabrica de redes, de construção naval, produtos de conserva de peixe tanuarias, etc.Apenas uma zona pedestre, o elevador panorâmico e a fonte da pipa deixam que aquele pedaço de Almada não seja uma cidade fantasma.
Os seus armazéns parcialmente destruídos servem de abrigo a pessoas sem abrigo e a tóxico dependentes, sendo mesmo um perigo para quem circula por ali.
Cacilhas está repleta de memórias de um passado glorioso, vive o presente na agonia da transformação que tarda a surgir mas com esperança de um futuro melhor.

A nova Almada

A nova Almada vai ter o seu "coração" na zona de Cacilhas nomeadamente na zona da margueira onde ficava a Lisnave ira ter áreas de lazer e de habitação vai ter aparência de uma cidade futurista á beira Tejo.


A Lisnave


A Lisnave é uma empresa de construção e reparação naval portuguesa.
A empresa remonta ao ano de 1937 quando a CUF de Alfredo da Silva ganhou a concessão do Estaleiro Naval da Administração Geral do Porto de Lisboa. A tomada do Estaleiro Naval da Administração Geral do Porto de Lisboa, fazia parte da estratégia de crescimento da CUF, de forma a garantir o controlo do maior estaleiro nacional, de inquestionável importância no desenvolvimento e apoio da frota da Sociedade Geral de Indústria Comércio e Transportes, pertença deste grupo industrial. Será este grupo industrial que o irá administrar até 14 de Dezembro de 1960, ano em que a concessão é trespassada para a Navalis. Este Estaleiro à época tinha instalações que lhe permitiam construir navios até cerca de 5 000 toneladas de arqueação bruta, ou de comprimento total até cerca de 140 metros, possuindo 5 Docas Secas: de 173, 104, 63, 48 e 44 metros . A Lisnave foi oficialmente constituída a 11 de Setembro de 1961 sendo seu Presidente do Conselho de Administração José Manuel de Óbidos. Mello. O objectivo desta nova empresa era o de continuar a realizar o empreendimento da construção e reparação naval que na época estava ainda apenas confinada ao Estaleiro da Rocha Conde de Óbidos. 
 Uma das nossas preocupações em Cacilhas, é o ambiente e as suas consequências na Terra.
Tivemos a explorar e reparámos que há vários aspetos que podemos melhorar na nossa cidade, como por exemplo:

--> Podemos notar que existe poluição no Rio Tejo e que não é bom pescar os peixes ou beber daquela água nem tomar banhos;

http://www.jra.abae.pt/portal/article/descargas-poluentes-comprometem-qualidade-da-agua-do-tejo/
Com a poluição constante os peixes morrem e escolhem outros lugares para desovar, o que não é bom.


Esta é uma praia pequena que existe para as pessoas apanharem um pouco de Sol e brincarem na areia, mas existe um esgoto a céu aberto a correr para o rio Tejo. 


--> Algo que também temos de combater é a poluição nas ruas, muitas vezes levada pelo vento, e que dá um mau aspeto a Cacilhas;
--> A poluição visual também é um aspeto negativo e que dá um aspeto degradante;


--> As casas no Ginjal que estão praticamente a cair;


--> Os parques de estacionamento mais recatados estão todos sujos e poluídos;
--> Os dejetos dos cães nos passeios e que poluem o ambiente e contribuem para o mau cheiro.


Deveria-se portanto alertar as pessoas para o perigo de uma cidade poluída e o quanto é desagradável e que todos juntos podemos contribuir para deixar a nossa cidade limpa.

 




As Espécies de Peixes do rio Tejo na zona de Cacilhas





Espécies de peixes  que se pescam atualmente em  Cacilhas

Os chocos são moluscos marinhos.
Possuem uma capacidade de camuflagem considerada superior à de um camaleão; suas gamas incríveis de cores são devidas às células especiais, os cromatóforos.
Um animal tímido, os chocos têm uma vida tanto diurna como noturna, alimentando-se de outros pequenos seres, tais como camarões, peixes e outros.
Depois de capturarem suas presas, eles as matam com um mecanismo na sua boca, semelhante a uma faca, com que retalham as suas vítimas.
Os chocos têm uma concha interna, bolsa de tinta, oito braços e dois tentáculos


Douradas
Esta espécie de mero pode atingir cerca de 60 kg, e viver 50 anos aproximadamente.

Gosta de habitar em fundos rochosos, sendo solitário e extremamente territorial, frequenta profundidades que oscilam entre os 8 e os 300 metros e alimenta-se de caranguejos e cefalópodes, como o polvo, sendo que os maiores exemplares se alimentam principalmente de outros peixes.


Tainhas
Habitam águas costeiras, no mar e estuários, e surgem frequentemente muito a montante da foz de rios. É também comum observar tainhas perto de saídas de esgotos urbanos e em habitats bastante poluídos, alimentando-se de detritos, e desta forma, contribuindo para a "reciclagem" da matéria orgânica em excesso.  É um peixe largamente utilizado na alimentação humana: por exemplo, desde o Império Romano que faz parte da dieta mediterrânica-europeia.
0 corpo das tainhas é alongado, um pouco comprimido lateralmente, e a cabeça é larga e achatada. É acinzentada com bandas longitudinais escuras e paralelas mais ou menos visíveis e o ventre prateado


Robalo Pode atingir o comprimento de um metro e pesar cerca de 12 kg, tem uma longevidade máxima de 15 anos.

Encontra-se normalmente em profundidades até aos 100 metros, e prefere água agitada, sendo por isso frequente encontra-lo na espuma (caça na espuma).
É uma espécie litoral, que suporta muito bem as mudanças de salinidade da água, habitando vários tipos de fundos, em estuários, lagoas, e ocasionalmente em rios, essencialmente no Verão, já que no Inverno tem tendência a procurar águas mais profundas.
A principal alimentação do robalo são os camarões, moluscos, e sendo um predador muito voraz, busca igualmente outros peixes, como a sardinha e a anchova.





Alcorrazes Geralmente encontrado em leitos de areia, pradarias de plantas marinhas, raramente será encontrado em locais rochosos. Peixe carnivoro, alimenta-se de pequenos crustáceos, vermes e alguns moluscos. Reproduz-se entre abril e junho. É hermafrodita, pois os machos podem transformar-se em fêmeas. Tem 26–50 cm de comprimento e tem o corpo acinzentado com ventre prateado, apresentando uma banda vertical negra sobre o pedúnculo caudal e cinco bandas verticais no dorso.



Aves

Devido áproximidade do rio cacilhas tem muitas gaivotas,  são, regra geral, aves médias a grandes, tipicamente cinzentas ou brancas, muitas vezes com marcas pretas na cabeça ou asas. Têm bicos fortes e compridos e patas com membranas.

A maioria das gaivotas, particularmente as espécies de Larus, fazem o ninho no solo e são omnívoras, e comem comida viva ou roubam alimento conforme surja a oportunidade, as gaivotas são espécies tipicamente costeiras ou de interior, e raramente se aventuram em mar alto. As espécies de maiores dimensões levam até quatro anos a atingirem a plumagem completa de adulto, mas as espécies menores normalmente apenas dois anos.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Industria


No Ginja


Havia sempre trabalho para todos, o Tejo tinha tantos navios que tinham de ir até ao mar da palha….hoje o Tejo está vazio.

O ginjal era povoado, por operários, turistas e por mulheres que assavam ostras e mexilhão em fogareiros cantarolando pregões de Cacilhas
“ Com pimento e limão
Quem comer as ostras
Faz bem ao coração!”

No sec. XVIII entre a Fonte da Pipa e Cacilhas, era frequentada por muitas embarcações (lanchas, bateiras, fragatas, etc)
Desde muito cedo aí se instalaram armazéns de vinhos, como os vinhos do “Gingal” , “ Quinta do Pombal” e “moinho”, armazéns de vinagres, como o vinagre “ Theotónio” e de azeites como o azeite “Pátria” produtos que eram escoados do rio Tejo para Lisboa.

A instalação de armazéns de azeite  e vinagre surge no sec. XVI, destinado às embarcações que partiam para a expansão Portuguesa.No sec XVIII surgem as Tanoarias, essa industria foi muito importante, não só pelo cultivo da vinha na região que precisava de vasilhame como  por causa do azeite, as fábricas de conservas de peixe, armazéns de isco e armazéns frigoríficosA Industria de construção naval surge no sec. XIX (1850) do propriatário José Sampaio que mais tarde seria a Parry  & Son (1860), onde se construiu o primeiro navio com casco de aço feito em Portugal “ O vapor de Belém” destinado à carreira flivial entre Belém  e paço de Arcos.
Em 1939 instalou-se no Ginjal a Cooperativa de armadores de pesca do Bacalhau.
Existiam empresas como a sociedade de reparação de navios (1942) a fábrica de redes, de margarina, a empresa Industrial do Frio, a Copnave, a companhia portuguesa de pesca (1920) e mais tarde a Lisnave ( 1961),
A Lisnave chegou a ser a maior empresas de construção naval do mundo, chegando a empregar mais de 7000 trabalhadores, encerrou no ano 2000.
Os projetos para a zona da margueira onde se situava a antiga Lisnave é a construção da cidade da água (uma cidade futurista)