terça-feira, 23 de abril de 2013

Industria


No Ginja


Havia sempre trabalho para todos, o Tejo tinha tantos navios que tinham de ir até ao mar da palha….hoje o Tejo está vazio.

O ginjal era povoado, por operários, turistas e por mulheres que assavam ostras e mexilhão em fogareiros cantarolando pregões de Cacilhas
“ Com pimento e limão
Quem comer as ostras
Faz bem ao coração!”

No sec. XVIII entre a Fonte da Pipa e Cacilhas, era frequentada por muitas embarcações (lanchas, bateiras, fragatas, etc)
Desde muito cedo aí se instalaram armazéns de vinhos, como os vinhos do “Gingal” , “ Quinta do Pombal” e “moinho”, armazéns de vinagres, como o vinagre “ Theotónio” e de azeites como o azeite “Pátria” produtos que eram escoados do rio Tejo para Lisboa.

A instalação de armazéns de azeite  e vinagre surge no sec. XVI, destinado às embarcações que partiam para a expansão Portuguesa.No sec XVIII surgem as Tanoarias, essa industria foi muito importante, não só pelo cultivo da vinha na região que precisava de vasilhame como  por causa do azeite, as fábricas de conservas de peixe, armazéns de isco e armazéns frigoríficosA Industria de construção naval surge no sec. XIX (1850) do propriatário José Sampaio que mais tarde seria a Parry  & Son (1860), onde se construiu o primeiro navio com casco de aço feito em Portugal “ O vapor de Belém” destinado à carreira flivial entre Belém  e paço de Arcos.
Em 1939 instalou-se no Ginjal a Cooperativa de armadores de pesca do Bacalhau.
Existiam empresas como a sociedade de reparação de navios (1942) a fábrica de redes, de margarina, a empresa Industrial do Frio, a Copnave, a companhia portuguesa de pesca (1920) e mais tarde a Lisnave ( 1961),
A Lisnave chegou a ser a maior empresas de construção naval do mundo, chegando a empregar mais de 7000 trabalhadores, encerrou no ano 2000.
Os projetos para a zona da margueira onde se situava a antiga Lisnave é a construção da cidade da água (uma cidade futurista)

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